terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Balanço do Prêmio Rio Moda Hype


Martins Paulo buscou inspiração nos gatos de rua do musical Cats e aliou isto a uma atmosfera punk, numa mistura de materiais austeros e rígidos com malhas fluidas. A isso aplicou também uma mistura de formas arquitetônicas e geométricas. Já o baiano Soddi, com seus andarilhos urbanos, buscou uma aura poética de "sujeito camuflado pela indumentária". Para tanto, utilizou-se de recortes, fragmentos e assimetria.



Akihito Hira, do Distrito Federal, inspirou-se nos samurais para representar um futuro não tão distante, onde as pessoas ainda que estando próximas, utilizariam "uma armadura corporal para se protejer de um inimigo invisível". A dupla Blash utiliza-se do tema Poluição Visual e Apelo Consumista para traduzir o caos urbano. O Estúdio Frame também se inspira nos andarilhos urbanos que buscam o conhecimento e que valorizam aquilo que passa despercebido pelo observador comum por já estar intrinseco na sua rotina.

Como bons cariocas a marca Dobra, comandada pelos estilistas Antônio Guedes e Raquel Alvarez traduzem a absorção do estilo europeu pelo lifestyle carioca e também a adoção do Rio de Janeiro como uma das capitais mundiais. Já Julia Valle traz a coleção TNWMLC carregada de valores abstratos, inspirados em uma máquina de escrever dos anos 50 que traziam como layout inicial o reconhecido teclado QWERTY. TNWMLC seria uma altenativa de praticidade e desconforto ao lugar comum, e tais caracteristicas ela buscou trabalhar também na escolha das formas, geométricas, caracteristicas do seu trabalho. Lucas Magalhães, formado em Design Gráfico e estreiante nesta edição, utiliza-se de elementos da Op-Art para desenvolver seu trabalho.




O universo onírico dos cavaleiros medievais são a inpiração para o inverno de Alisson Rodrigues, buscando o heroísmo, a humanização da loucura e a busca de valores como justiça e solidariedade, como numa tradução de Dom Quixote de La Mancha, de Cervantes. E os mineiros da marca Sampler trazem uma coleção representada por duplicação, simetrias e descompassos traduzidos pelo nome “Doppelgänger”. Inspirada em assuntos polêmicos da atualidade, a coleção também propõe cruzamento de estilos (alfaiataria rígida em contraponto ao despojamento da malha), resultado do acumulo de informações de moda, artes visuais e musica aliados à referida lenda germânica do “Doppelgänger”, um ser fantástico que tem o dom de representar uma cópia idêntica de alguém escolhido por ele.
Parabéns aos criadores, traduziram conceitos bacanas em peças lindas.

Mais info em http://www.rodadamoda.com/riomodahype/rmh13/

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